Irmãs de Coleira

Hoje quero falar sobre Irmãs de Coleira.

Muito pesquisei sobre o tema e pouco encontrei. Li muito sobre ciúmes, sobre mulheres não se entenderem, sobre mentiras e intrigas. Não fiquei satisfeita. Nada disso tem a ver com irmãs de coleira. Tratei, então, de trazer a minha visão sobre o tema.

São irmãs de coleira duas ou mais submissas que servem a um mesmo Senhor. Lembre-se: um Dom pode ter várias submissas mas uma submissa pode servir a apenas um Dom.

Primeira pergunta: por que um Dom precisaria de mais de uma sub?

A resposta é simples: porque ele pode!

Há razões de ordem biológica. O homem não é naturalmente monogâmico. A monogamia é uma instituição religiosa que colou bem na nossa sociedade cristã-patriarcal e tem muito a ver com a produção e circulação de riqueza.

Para pessoas mais liberais, como eu, a monogamia serve apenas para alimentar a mentira. Homens são movidos a testosterona. Pensam em sexo a maior parte do tempo. E qual é o problema nisso?

Nenhum, a meu ver! Um homem pode ter quantas mulheres quiser assim como uma mulher pode ter quantos homens quiser (vale também para casais homossexuais), a menos que ela seja uma submissa e viva a liturgia do BDSM, porque aí ela abriu mão dessa possibilidade. Uma submissa serve a apenas um Senhor. Mas a monogamia... anda de mãos dadas com a hipocrisia.

Pois bem! Um Dom pode ter várias submissas simplesmente porque isso lhe dá prazer.

Segunda pergunta: por que uma submissa aceitaria uma irmã de coleira?

Eu poderia enumerar várias razões, mas vou me ater a duas, apenas:

(1) porque o dever de uma submissa é satisfazer, à plenitude, os desejos de seu Senhor;

(2) porque uma irmã é uma amiga, uma confidente, uma aliada.

Terceira pergunta: como lidar com o ciúme?

Aí está uma pergunta que não faz sentido pra mim. Sabe por quê? Porque ciúme é um sentimento de baunilhas. Quem vive o BDSM não conhece ciúme. Explico:

A submissa é peça, posse e propriedade. E sabe disso. A sub é do Dono. O Dono não é da sub.

Ciúme é um sentimento que deriva da posse. Temos ciúmes do que é nosso. Mas o Dono não é meu. Eu sou do Dono. Se o Dono quer outra peça, enquanto submissa me cabe apenas e tão somente apoiá-lo.

Ciúme é insegurança. Sim! Insegurança quanto à sua importância na vida do Dono.

Um Dom que valha a pena tratará todas as suas posses com o mesmo afeto e atenção. E cada uma lhe servirá a um propósito. Por isso não há razão qualquer a justificar o ciúme, o medo de perder o lugar.

Se o ciúme surgir, contudo, o jeito é não lhe dar atenção. Foco na felicidade do Dono.

Quarta pergunta: é possível conviver harmoniosamente com irmãs de coleira?

Sim. Com toda certeza do mundo, sim! Basta que haja entre elas amizade, que é a forma mais pura de amor. Que se tornem irmãs de fato, unidas pelo e para o Dono. Irmãs se ajudam mutuamente. Se tornam melhores e, juntas, honram o nome do Dono.

Quinta e última pergunta: uma sub é obrigada a participar de uma sessão conjunta com a sua irmã?

Não. Mas tudo vai depender do que foi acordado na negociação.

Em tudo vale o dito popular: o que é combinado não sai caro.

No mais, ter irmãs é muito bom! Cuido das minhas. Torço por elas. Protejo. Brigo, mas amo incondicionalmente.


Comentários

  1. O principal é ter certeza que ela entende qual é o seu limite. Há tanto a opção de TER OU NÃO IRMÃ DE COLEIRA e de parar a sessão a qualquer momento, como seguir até as últimas consequências.
    A recomendação de especialistas no assunto é não tentar usar brinquedos que você não sabe pra que servem e fazer muita pesquisa sobre o estilo de vida BDSM caso queira tentar algo um pouco mais sombrio com a parceira. Além disso, procure sempre manter a comunicação aberta: assim o que é pra ser legal não acaba estragando o relacionamento.
    @domzambroza do http://www.casualclubebdsm.k6.com.br (com grupo para ate 200 mil membros) 21981617458

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