Postagens

A tirania da beleza física: isso realmente importa?

O Dono fez umas fotos de uma brincadeira nossa e, num primeiro momento, não me reconheci nessas fotos. Quando me dei conta que era eu aquela mulher enorme na foto fiquei pensando... meu espelho é muito generoso comigo. Ou seria eu mesma generosa a ponto de me achar linda mesmo muitos quilos acima do meu peso ideal? E comecei a pensar em quantas vezes li, nos grupos de whatsapp q participo, a pergunta sobre a importância da forma física para o sucesso de uma D/s. Bom... Lembro que em casa papai dizia q eu era a mais bonita, mas sempre advertiu: a beleza conquista por um minuto, mas nâo mantém um relacionamento. Aprendi a cultivar outros dons... Estudei muito. Desenvolvi 1001 habilidades. Estudei piano, ballet, jazz, sapateado, viajei pelo Brasil inteiro conhecendo culturas e costumes, li milhares de livros, falo diversos idiomas... Não há nada sobre o q eu não saiba falar ou não possa opinar... Se na vida a gente deve plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro, eu já

BDSM & Amor

Hoje me perguntaram se há amor no BDSM. A resposta foi rápida: claro q sim! E pra falar bem a verdade a pergunta me parece descabida. Explico: amor é um sentimento humano. Ele está em todos os lugares e pode alcançar qualquer pessoa em qualquer lugar e situação. Inclusive no BDSM. O BDSM é um estilo de vida. A gente escolhe seguir os usos e costumes dos praticantes. Isso requer interesse, estudo e dedicação, mas não há nada que impeça o amor, seja ele na forma de amizade ou devoção. Aliás, pense bem: Se você estiver disposto a uma sessão apenas é bom que haja alguma afinidade, nem que seja só tesão (interesse sexual), mas... se você quiser ir além e viver uma D/s 24/7 TPE é melhor mesmo que haja amor. De outra forma, como é que uma submissa vai entregar poder absoluto, controle total, devoção incondicional? A submissão nessa modalidade mais intensa nada mais é do que a forma BDSM de demonstrar amor. Ouso dizer, ainda, que a escravidão no BDSM é a forma mais intensa, profunda e

O Dono de Mim

Muitas fotos retratam Dominadores usando ternos, com cara fechada... o Dominador da vida real não é assim. O Dominador da vida real pode ser o seu vizinho, o entregador de gás, o frentista do posto de gasolina, o veterinário, a funcionária pública... não tem uma regra ou um uniforme. Dominadores são encantadores, sedutores... nos fazem querer estar perto. São líderes natos. Cativantes, apaixonantes... O Dono de Mim não usa terno. Não tem cara de mau nem é de poucas palavras. O Dono de Mim é meu amigo. Conversamos sobre tudo. De RPG a física quântica, de religião a ciência. Quando viajamos preferimos o rádio desligado. Divertido mesmo são os nossos duetos desafinados. O Dono de Mim tem dancinha engraçada para Coração com Buraquinhos, come enrolado de salsicha desconfiado pq eu ainda vou fotografar e demora mais do que eu pra se aprontar pra sair. O Dono de Mim tem jeitão de Menino. Usa jeans, moleton e boné... Vive salvando o All Star surrado do lixo (pq todo mundo sabe q All S

Irmãs de Coleira

Hoje quero falar sobre Irmãs de Coleira. Muito pesquisei sobre o tema e pouco encontrei. Li muito sobre ciúmes, sobre mulheres não se entenderem, sobre mentiras e intrigas. Não fiquei satisfeita. Nada disso tem a ver com irmãs de coleira. Tratei, então, de trazer a minha visão sobre o tema. São irmãs de coleira duas ou mais submissas que servem a um mesmo Senhor. Lembre-se: um Dom pode ter várias submissas mas uma submissa pode servir a apenas um Dom. Primeira pergunta: por que um Dom precisaria de mais de uma sub? A resposta é simples: porque ele pode! Há razões de ordem biológica. O homem não é naturalmente monogâmico. A monogamia é uma instituição religiosa que colou bem na nossa sociedade cristã-patriarcal e tem muito a ver com a produção e circulação de riqueza. Para pessoas mais liberais, como eu, a monogamia serve apenas para alimentar a mentira. Homens são movidos a testosterona. Pensam em sexo a maior parte do tempo. E qual é o problema nisso? Nenhum, a meu ver!

Da capo...

Eu sabia quem era e o que queria, mas e dai? Como me expressar? Como ganhar vida? Eu não sabia... Então, em meados de 2015, conheci aquele que seria o meu terceiro marido... Um homem espetacular, de inteligência rara e mente aberta. Já tinha experimentado de tudo na vida, de drogas a menages. O oposto da mulher reservada e recatada que me reprimia a todo custo. E com a ajuda dele Nina se libertou. Conheci pessoas, visitei festas, conversei muito, estudei muito, aprendi muito. Mas ele se foi. Sua missão na terra se cumpriu. E eu me vi trilhando esse caminho sozinha de novo, mas pelo menos já sabia o básico: SSC - são, seguro e consensual. Assim são as relações BDSM. São - relativo à saúde. Por mais violenta que uma sessão ou uma relação BDSM seja, ela deve ser sã, ou seja, não deve prejudicar a sua saúde física ou emocional. Um DOM deve se responsabilizar por garantir a sanidade física e mental da submissa porque, por natureza, ela é mais frágil e vulnerável já que sente prazer
Olá! Eu sou Nina. Claro que esse não é o meu nome verdadeiro... é que esse assunto ainda é tabu e o mundo não está preparado para lidar com tanta diversidade... aliás, as pessoas gostam mesmo é de apontar o dedo para os outros como se fossem a régua da moralidade humana e quem foge à regra precisa se resguardar. Assim nasceu Nina Bottom, o alter ego de uma mulher como outra qualquer, que trabalha, lidera equipes, tem família, paga contas, adoece, se alegra, confraterniza com os amigos, se apaixona, ama, sofre... uma mulher comum que resolveu dar voz à essa que gritava dentro dela. Nina, ao contrário da outra, é uma Sub, uma Bottom, termos que, no universo BDSM, se referem à mulher que se submete aos desejos e fantasias sexuais de outra pessoa, homem ou mulher, podendo, tais desejos, irem muito além das práticas sexuais invadindo mesmo a vida cotidiana da Sub. Nina nasceu na infância da outra... não pergunte como. Simples assim. Na infância Nina já se manifestava. Manifestava o d